terça-feira, 20 de outubro de 2009

FLOBELA ESPANCA

Gostaria de não ter piedade;
Não ter qualquer sentimento;
Não ter crise de identidade
Quando provoca um sangramento.

Mas quando a lâmina perfura,
Com ódio, o meu escolhido;
O sangue sai por mim e perdura
O amor que tenho sentido.

Com ódio consigo amar
E, com tamanho amor, eu odeio!
O paradoxo se faz no pensar
A loucura é meu receio.

Quando não penso... Ódio e amor!
Tão intenso quanto sua oposição
E no auge dos sentimentos, a dor;
Quando a consciência interfere o coração.

Se consigo amar meu algoz
Como posso deixar de sofrer?
Se com ele não consego ser atroz
Como consegui até hoje viver?

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